CHICAGO E NASHVILLE

Oi genteee!

Comecinho desse mês de agosto tive 1 semana de férias e como a grana ainda estava curta depois da viagem para o Alaska, resolvi escolher destinos mais acessíveis.

Decidi ir pra duas cidades muito visitadas no centro-oeste americano: Chicago, no estados de Illinois e Nashville, no estado do Tennessee.

Deixa eu começar dando dicas do que NÃO FAZER. Primeiramente, entenda que o nome desse blog é inspirado  no fato de eu não gostar de viajar de avião. Não gosto de voar, gente, não adianta. Prefiro estar em terra firme. Dito isso, a pessoa que vos escreve decidiu viajar de Pennsylvania para Illinois de ônibus, e enfrentar 23 hrs de estrada ao invés de 3 hrs de vôo. Pensei que não tinha problema, afinal eu tinha muito tempo disponível e que não ia ser tão ruim assim.
Que ideia de jerico. Fica aqui a recomendação, amiguinhos: 23 hrs de ônibus é loucura, não importa o quanto você deteste avião.


CHICAGO

Que cidade maravilhoooooosa!!! Arquitetura incrível, muita coisa pra se ver. Achei que Chicago tem ares de New York, sabe, com aquele monte de gente andando apressada pela rua, mas muito mais agradável, já que em NY só o que se ouve é buzina de carro o tempo todo.

Infelizmente, por meu roteiro em Chicago ser mais concentrado em downtown, achei que 1 dia seria suficiente. E na verdade foi, mas Chicago é tão linda que eu teria passado mais 1 dia lá só vendo mais do mesmo. Minha recomendação: fique pelo menos uns dois dias, vale a pena.

Fiquei hospedada no Hostelling International - Chicago, que é de longe o melhor hostel em que já estive. O prédio é sensacional e MUUUUITO bem localizado, o quarto em que fiquei era muito bom (banheiro privado e muito limpo, sala comunal no apartamento), lençóis cheirosinhos, café da manhã muito bom com muitas opções e funcionários muito educados e prestativos. Eu indicaria esse hostel até pra uma pessoa que pode gastar um pouco mais com hotel. Muito bom mesmo.

NASHVILLE

O berço do country americano. Eu não gosto de country, mas a cidade não me decepcionou porque independente do tipo de música que você gosta, a energia que rola nessa cidade é muito boa. Música em todo lugar, centenas de restaurantes, ar de velho oeste, as fachadas dos estabelecimentos são todas muito divertidas. Estava quente demais, mas não estragou meu dia que foi super agradável nessa cidade tão alegre.

Fiquei hospedada no Nashville Downtown Hostel que é muito bom. Prédio muito bacana, banheiros privados e limpos, camas confortáveis... porém os quartos não tem armários onde você possa trancar suas coisas (oi?! como assim, né, produção) e não tem café da manhã incluso. Esse também foi o hostel onde tive a melhor experiência em termos de conhecer gente nova. Geralmente minhas estadias são tão rápidas que nem dá tempo, mas fiquei 2 noites nesse hostel e conheci muita gente bacana.

Concluindo. Peguei um bus saindo de Philly para Chicago e encarei 22 hrs de estrada. Depois de Chicago para Nashville mais 11 hrs. E depois de Nashville para Philly mais 20 hrs de estrada. Recomendo? A não ser que você queira acordar com tontura pelas 3 manhãs seguintes, eu não recomendo, não. Muito cansativo. Mas as cidades são lindas e valem muito a visita.


E se der medo do avião... vai com medo mesmo, porque de ônibus, meu amigo, não é fácil, hahahaaha.

YANKEES GAME EM NY

Oi, gente bonita!

Aproveitando que estou aqui a atualizar o blog, resolvi fazer um post também sobre o jogo de baseball que assisti em NY logo que voltei do cruzeiro para o Alaska.

Vamos começar aqui deixando bem claro que baseball é um porre, tá? Bem chato mesmo, hahahahaha. Mas como estou aqui nesse país de Tio Sam para vivenciar novas situações, assisti a esse jogo e sobrevivi ao tédio.

Tecnicamente eu teria que explicar como é que funciona o jogo, e bla bla bla, mas gente, eu NÃO ENTENDO! Sério, eu já tentei entender a dinâmica da coisa, minhas host kids já tentaram me ensinar também e eu não sei, não dá. Se alguém aí souber e quiser me ajudar, to aceitando, muito obrigada.

Mas a verdade é que, entendendo ou não o jogo, estar num estádio cheio de fãs enlouquecidos, torcendo e vibrando com cada ponto marcado é emocionante. A energia que rola é inexplicável. Experiência totalmente válida =)

VERGONHA

Gente, preciso confessar uma coisa aqui.

Esse já deve ser o milésimo blog que eu começo e por algum motivo não levo em frente.
Adoro escrever, já perdi as contas de quantos amigos me disseram que eu deveria escrever um blog, mas por algum motivo eu desanimo, sei la. Mas eu vou tentar levar esse adiante, prometo. Vou baixar o app do Blogger no celular, assim consigo escrever em tempo real durante as viagens, ao invés de deixar para depois.

Enfim, com 3 meses de atraso mas aqui para falar sobre minha viagem ao maravilhoso Alaska.
Viagem incrível, paisagens exuberantes.
Vou tentar contar resumidamente mas com todos os detalhes importantes, vamos lá?


Embarquei de Philadelphia rumo a Seattle no sábado dia 23 de maio em um vôo de mais de 5 horas pela Alaska Airlines que foi muito tranquilo. Chegando em Seattle, fiz check-in no Green Tortoise Hostel, que fica muito bem localizado no coração de downtown, muito próximo ao Market Pier, e a uns 15 minutos a pé do terminal de onde o Norwegian Pearl partiria rumo ao Alaska.

Sobre o hostel, gostei bastante do fato de as camas terem cortininhas, ajuda demais na privacidade. Minha cama era confortável e os lencois, fronhas e cobertor estavam limpos. Dentro do quarto tinha uma pia, o que ajudou muito já que o banheiro compartilhado não estava limpo. Acordei e consegui me arrumar no próprio quarto (obrigada, cortininhas e pia s2), depois desci para tomar o café da manha, que é cortesia do hostel, mas que foi o mais fraco que ja vi em todos os lugares onde já me hospedei até hoje. Só tinha pão e peanut butter. E não é que eu esperasse muito luxo, mas se alguém ali tinha alergia a amendoim, ficou só no pão puro mesmo, e acho isso meio chato. Mas enfim. Depois de feito o check-out, fui para o pier para embarcar no navio.

Se algum dia você tiver a oportunidade de fazer um cruzeiro para o Alaska, esteja preparado para ter que responder muitas vezes a essa pergunta: "MAS O QUE VOCÊ VAI FAZER LÁ?!". Sim, porque quando a gente fala em Alaska as pessoas já pensam em neve e frio. Mas acontece que não é isso que você vai encontrar lá se for no verão, já que verão é verão e verão não tem neve. Então como boa pessoa que sou, segue abaixo todas as respostas sobre o que você vai fazer lá no Alaska (se for com cruzeiro, e no verão hehe).

1 - CONHECER MENDENHALL GLACIER, EM JUNEAU

Mesmo não estando nevando e sendo verão, as temperaturas no Alaska não sobem tanto a ponto de derreter a geleira, viu (me sinto tão idiota fazendo esse comentário, mas sei lá, né, hahahahaha). Então um dos lugares mais visitados no Alaska é o Mendenhall Glacier, em Juneau, capital do lindo do Alaska. Se alguém te perguntar o que você vai fazer no Alaska, responde que você vai ver uma geleira e alguns icebergs, coisa que talvez não exista mais dentro de alguns anos, com toda essa coisa de aquecimento global e bla bla bla. E se você não for medroso igual eu, dá até pra entrar nas cavernas de gelo.

2 - FAZER UM PASSEIO DE TREM PELAS MONTANHAS EM SKAGWAY

Gente, SÉRIO. Nada valeu mais a pena que o passeio de trem pela White Pass. O trem sobe pelas montanhas alcançando quase 900m de altura. E sabe o que é mais interessante? Eu nunca tinha parado pra imaginar o que existia no alto das montanhas. Pra mim era só pedra mesmo, aloka, hahahhahaha. Mas chegar lá em cima e descobrir prados e lagos foi a sensação mais incrível pra mim. Lindo. Demais. Tem que ir.
Então taí outra coisa que você pode responder pra quem te perguntar o que você vai fazer no Alaska. Fala que vai subir ali numa montanha e já volta, rs.

3 - SE SENTIR MINÚSCULO DIANTE DA IMENSIDÃO NO GLACIER BAY NAT. PARK

Não dá pra explicar. O que eu mais fiz durante esse cruzeiro foi tirar milhares de fotos, muitas vezes da mesma paisagem, porque eu queria guardar o que sentia toda vez que olhava para o cenário ao meu redor, mas vou te contar aqui que é impossível. Alaska é o tipo de lugar que você tem que experimentar, fotos não bastam. E no Glacier Bay eu me senti um ser pequeno e desimportante perto daquela imensidão de tons de branco e azul, montanhas, vegetação e gelo.
Mais uma resposta pra pergunta que estamos respondendo até aqui: vou conhecer uma das paisagens mais exuberantes do mundo.

4 -  CONHECER UM POUCO DA HISTORIA DOS NATIVOS EM KETCHIKAN

Conhecer como viviam, do que se alimentavam, hahahahaha. O Totem Bight State Park é muito interessante e conta um pouco da história dos primeiros nativos a viver no Alaska,  mostra o trabalho manual deles feito com madeira e tinta, explica o que cada totem significava. Bem estilo folclore americano mesmo, rs.

É isso, gente. Tentei resumir bem, mas o essencial que vocês saibam é que um cruzeiro pelo Alaska vai ser sem dúvida uma das viagens mais incríveis que alguém pode fazer na vida. Voltei para Philadelphia pensando que preciso ir pro Alaska mais uma vez, agora para ver a aurora boreal. Mas isso é assunto pra um próximo post.

E se der medo, vamos com medo mesmo :)

ALASKA

Há alguns meses atrás, quando estava prestes a embarcar nessa experiência auperiana, eu vi na internet uma lista dos 20 lugares mais lindos dos EUA que todo mundo deveria tentar visitar na vida. Muitos lugares me chamaram a atenção, mas por algum motivo a imagem do Mendenhall Glacier, no Alaska, roubou meu coração.

Sempre tive vontade de visitar lugares que não fosse tão "óbvios". Não que eu não pense em ir pra Califórnia, por exemplo, mas eu também queria aventuras diferentes para contar. Juntei a fome com a vontade de comer e cá estou eu prestes a embarcar num cruzeiro de 7 dias pelo Alaska.

Na verdade foi um processo complicado decidir como visitar aquele estado que tem fama de selvagem e remoto.

Foi complicado porque tinha duas coisas lá que eu gostaria muito de ver:

1 - a aurora boreal, que só acontece durante o inverno, e cujo melhor lugar para se ver é Fairbanks, no norte do estado (cabe observar aqui que sou uma apaixonada pelo céu, estou sempre olhando pra cima, hahahahha);

2 - o Mendenhall Glacier, que fica em Juneau, sul do Alaska, inacessível por terra (cabe observar aqui que o que me chamou a atenção no Mendenhall foi a caverna de gelo, que eu provavelmente não vou visitar porque sou MUITO medrosa, mas enfim)

Desde o começo eu já planejava ir sozinha, porque infelizmente - ou felizmente, na verdade - nessa vida de au pair não dá pra esperar por alguém pra te acompanhar nas suas viagens. Muitas vezes as férias não coincidem, e, mais comum ainda, os GOSTOS não coincidem. Então quando você tem a oportunidade e a vontade de ir pra algum lugar, é planejar e ir sem dó. Só que no caso do Alaska seria muito complicado fazer um roteiro sozinha, por terra, no inverno, e que englobasse o norte e o sul do estado.
Como eu já estava juntando dinheiro há meses para essas férias, e o montante que eu tinha era suficiente para pagar o cruzeiro, e o cruzeiro significava transporte, comida e onde dormir, acabei decidindo abraçar essa opção.

Existem muitas opções de cruzeiro pelo Alaska, com itinerários pelo norte ou pelo sul do estado, com diversas durações. Depois de muita pesquisa acabei optando por ir com a Norwegian, num cruzeiro round-trip Seattle (ou seja, que parte de e volta para Seattle), e passa por Juneau, Skagway, Ketchikan e British Columbia (Canadá), e navega 1 dia pelo que eles chamam de Inside Passage Glacier Bay, que é basicamente, até onde meu humilde conhecimento alcança, as geleiras. Basicamente entre aspas, né, já que imagino que aquela paisagem de básica não deve ter nada.

Pra ser bem sincera estou bastante nervosa... primeiro porque, morando em Philadelphia, isso significar encarar um total de 12 hrs de avião para ir e depois voltar de Seattle, e eu DETESTO avião com todas as minhas forças (aliás,foi esse medo de avião que inspirou o nome do blog, hahahahaha). Segundo porque, nunca fiz um cruzeiro na vida! Receio de ficar enjoada, receio de não voltar a tempo e o navio partir sem mim. HAHAHAHAHA, sério, medinhos de gente louca.

Enfim... o cruzeiro parte esse final de semana e eu vou tentar atualizar o blog com as fotos e relatos de tudo possível.


E vamos com medo mesmo :)